terça-feira, 26 de agosto de 2014

Próxima vivência mista do Projeto dos Mestres






Com a conexão do Mestre Serapis Bey e a Mestra Ísis , trabalhando a medicina do amor, nas conexões do sagrado antigo Egito, nos reuniremos num tempo para vivências de cura, liberação e iniciação.

A vivência ocorrerá no Refúgio Carpe Diem, na cidade de Presidente Lucena/RS, nos dias 03, 04 e 05 de outubro de 2014.

Informações através do contato ap.terapeuta@gmail.com 



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

1º Círculo do Projeto Oração das 13 Luas

Atendendo ao chamado da Grande Mãe com muito amor e carinho estivemos reunidas em amor e luz em círculo na belíssima teia de orações que se formou no dia 28 de julho de 2014.

Alguns círculos com anfitriãs ocorreram nas cidades de Canoas/RS - anfitriãs Ana Paula Marafigo e Dircéia Rockenbach; em Presidente Lucena/RS - anfitriã Daniela Fetzer da Silveira; em Porto Alegre/RS - anfitriãs Paula Goldmeier, Teresa Cristina Barbara e Luciana Hauber.

Gratidão às anfitriãs que acolheram as outras mulheres em seus locais sagrados.

Nos diversos locais que acolheram o círculo, assim como nos nossos corações, nos sentimos conectadas umas com as outras.

Para mim é uma  alegria imensa estar na companhia dessas mulheres que se doam pela humanidade em amor.

Sentimos a conexão no nosso ventre, no nosso coração e com todas as nossas relações ancestrais antepassadas, mãos nas mãos, por todos os nossos tempos. Oramos pelos nossos ventres sadios e férteis.

Fica o convite para as que desejarem ser anfitriãs do próximo círculo que ocorrerá no dia 25 de agosto de 2014.

Àquelas que desejarem participar de algum círculo, podem entrar em contato com as anfitriãs. Às que desejarem participar da teia de orações e não puderem estar presentes em um círculo, lembrem que podem se conectar fazer a oração em sua casa.











Vivência os Caminhos do Ser

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A vivência ocorreu nos dias 01, 02 e 03 de agosto de 2014 no Refúgio Carpe Diem em Presidente Lucena/RS.





Gratidão a todos que sentiram o chamado no seu coração para estar nessa vivência, mergulhando em seu caminho interno, revendo suas histórias, libertando suas amarras, perdoando e libertando com o coração limpo, leve, amoroso e com coragem de assumir suas escolhas.





Gratidão à toda energia que foi reverberada para o planeta e às nossas relações pela oportunidade de servir à luz em mais um momento de ascensão individual e coletiva.

Mensagem de Arcanjo Miguel aos integrantes desta jornada "Os Caminhos do Ser"

Abençoada sois vossas jornadas, acolhidas pelas brilhantes hostes do panteão da libertação e resgate dos servos da luz na terra
diversas portas se abrem em seu caminhar
a consciência de totalidade e unicidade ajudará a permanecer nesta estrada de luz e gratidão
como parte das divindades estabelecidas de amor e paz na existência terrena
a amada mãe espirito planetário da terra acolhe vossas amarras e tece novos fios e elos no paraíso da libertação
é com amor e alegria que recebemos vossos pedidos de libertação do passado, num passado presente em distintas realidades
a paz que habita hoje em si é eterna na presença brilhante de vosso ser
o guia interno atua de formas distintas, recebei com carinho as voltas da vida
acolhei em vossos seres os chamados da coerência e intensidade de existir
que a alegria e beleza se revele em cada instante único de reverberação em seus caminhos divinos na terra
a alquimia realizada permanecera transmutando em vossa células por um tempo individual
acolham as depurações com gratidão e benção
toda benção dos cavaleiros de Maitreia
A cavalaria de Arcanjo Miguel esta a seu dispor
carregam em vossas mãos minha espada de luz, que rompe na luz, liberta, mas não machuca!
Comandante Miguel
Com amor ao acolhimento sigam na paz no caminho libertador do amor
aos amados filhos da luz
amem
Canalização: Ana Paula Marafigo (Kaliantra) 5 Agosto 2014  H: 10:10


Gratidão e amor aos corajosos peregrinos que cumpriram esta belíssima e forte jornada, liberando suas cascas e encontrando na pureza e harmonia do amor humano um carinho único em todos e em um só coração com a nobreza e a bravura dos guerreiros mantenedores da paz.
Que a espada de Miguel siga guiando nossos caminhos.



Minha gratidão aos irmãos que me permitem realizar meu projeto celeste e confiaram no meu convite de cura.




































sexta-feira, 13 de junho de 2014

Próxima Vivência Terapêutica mista

Marcando o meu retorno ao nosso grupo de vivências, com um momento tão especial e mágico em que saímos fora do tempo num espaço de amor, carinho e reencontros, com o aconchego especial do Carpe Diem e com as delícias da Dani, nos reuniremos no propósito de trilhar e reconhecer nossos caminhos, os momentos que se cruzam, de encontros e desencontros, e os momentos de despedida.
Celebraremos a vida e os instantes de morte e renascimento permanentes em nossa existência, com a força da espada flamejante de Miguel desvencilhando os nós e tecendo um caminho justo e divino.
Nos reuniremos em um instante para nos presentearmos com boa companhia, com o chimarrão de bom dia, com o manto de estrelas guardando nossos sonhos, com a fogueira que aquece a noite e com o prazer de ver um céu mais estrelado.

Faço o convite aos corações que queiram se reunir nesse momento mágico para participar da Vivência Terapêutica "Os Caminhos do Ser".


Informações através do e-mail "ap.terapeuta@gmail.com.br".

Com carinho. 
Ana Paula Marafigo - Kaliantra

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A vivência ocorreu nos dias 01, 02 e 03 de agosto de 2014 no Refúgio Carpe Diem em Presidente Lucena/RS.





Gratidão a todos que sentiram o chamado no seu coração para estar nessa vivência, mergulhando em seu caminho interno, revendo suas histórias, libertando suas amarras, perdoando e libertando com o coração limpo, leve, amoroso e com coragem de assumir suas escolhas.





Gratidão à toda energia que foi reverberada para o planeta e às nossas relações pela oportunidade de servir à luz em mais um momento de ascensão individual e coletiva.

Mensagem de Arcanjo Miguel aos integrantes desta jornada "Os Caminhos do Ser"

Abençoada sois vossas jornadas, acolhidas pelas brilhantes hostes do panteão da libertação e resgate dos servos da luz na terra
diversas portas se abrem em seu caminhar
a consciência de totalidade e unicidade ajudará a permanecer nesta estrada de luz e gratidão
como parte das divindades estabelecidas de amor e paz na existência terrena
a amada mãe espirito planetário da terra acolhe vossas amarras e tece novos fios e elos no paraíso da libertação
é com amor e alegria que recebemos vossos pedidos de libertação do passado, num passado presente em distintas realidades
a paz que habita hoje em si é eterna na presença brilhante de vosso ser
o guia interno atua de formas distintas, recebei com carinho as voltas da vida
acolhei em vossos seres os chamados da coerência e intensidade de existir
que a alegria e beleza se revele em cada instante único de reverberação em seus caminhos divinos na terra
a alquimia realizada permanecera transmutando em vossa células por um tempo individual
acolham as depurações com gratidão e benção
toda benção dos cavaleiros de Maitreia
A cavalaria de Arcanjo Miguel esta a seu dispor
carregam em vossas mãos minha espada de luz, que rompe na luz, liberta, mas não machuca!
Comandante Miguel
Com amor ao acolhimento sigam na paz no caminho libertador do amor
aos amados filhos da luz
amem
Canalização: Ana Paula Marafigo (Kaliantra) 5 Agosto 2014  H: 10:10


Gratidão e amor aos corajosos peregrinos que cumpriram esta belíssima e forte jornada, liberando suas cascas e encontrando na pureza e harmonia do amor humano um carinho único em todos e em um só coração com a nobreza e a bravura dos guerreiros mantenedores da paz.
Que a espada de Miguel siga guiando nossos caminhos.



Minha gratidão aos irmãos que me permitem realizar meu projeto celeste e confiaram no meu convite de cura.





































segunda-feira, 2 de junho de 2014

Projeto Oração das 13 Luas


Este é um convite às mulheres que sentem em seu coração o chamado de Orar pelas Mulheres.

Com a vontade amorosa de emanar orações às Mulheres do Planeta, nos reuniremos na quarta segunda-feira de cada mês às 20h.

Iniciaremos o ciclo em 28 de Julho de 2014, após o dia verde - o “Dia fora do tempo” - junto às 13 luas do próximo ciclo anual.



As datas dos círculos são as seguintes:

-       segunda-feira 28 de Julho 2014
-       segunda-feira 25 de agosto 2014
-       segunda-feira 22 de setembro 2014
-       segunda-feira 27 de outubro 2014
-       segunda-feira 24 de novembro 2014
-       segunda-feira 22 de dezembro 2014
-       segunda-feira 26 de janeiro 2015
-       segunda-feira 23 de fevereiro 2015
-       segunda-feira 23 de março 2015
-       segunda-feira 27 de abril 2015
-       segunda-feira 25 de maio 2015
-       segunda-feira  22 de junho 2015
-       segunda-feira  27 de Julho 2015


Nossa reunião será em busca de orar para que cada mulher encontre seu centro sagrado amoroso albergador da paz; para que possamos, assim, estar conscientes de nossa Jornada como portadoras da fertilidade e perpetuadoras da Humanidade mais pacífica e amorosa.

Em círculo de oração, coração-mente em ação, oraremos pelas próximas gerações, por nossas decisões e pela libertação das memórias antepassadas destoantes do amor e da paz em nós.


Com o carinho e o toque feminino, cada uma ou cada círculo de mulheres vai encontrar uma maneira para estarmos conectadas nesta bela teia de orações por todas nós. Assim como nossas avós se reuniam para orar o terço e nas tribos as mulheres se reúnem para fazer seus rezos, convido para que cada mulher que sinta o chamado de ser a anfitriã desses círculos convide as mulheres de suas relações para estarem juntas num local aconchegante e sagrado, nesse momento carinhoso e feminino orando por todas nós.

Aquela mulher que sentir o chamado mas que não puder se fazer presente junto a um grupo de oração, poderá se conectar com essa teia em meditação. Nesta meditação individual ela realizará o mesmo ritual: encontrar um espaço sagrado (que pode ser em sua casa mesmo), tranquilo e aconchegante; dar um toque especial ao local, como colocar flores, acender um incenso e a vela branca; uma pequena ceia para celebrar esse momento especial.

Aquela que quer ser anfitriã do Círculo de Orações e quiser convidar suas amigas para estar em um local específico, pode entrar em contato conosco nos informando o local do encontro e o nome da anfitriã, bem como o seu contato, para enviarmos o convite (igual ao que está abaixo) personalizado para que  faça a sua divulgação.

A Oração das 13 Luas estará disponível a todas que querem se conectar a esta espiral de oração.

Convidem suas relações e se unam, celebrando a oportunidade e a disponibilidade deste tempo precioso. Disponibilizem-se carinhosamente com suas relações amorosas na fisicalidade e/ou em outras dimensões.

Prepare um local. Com a vela branca você fará o centro do círculo, que pode ser acompanhada com um
toque feminino: coloque flores, incensos, os quatro elementos, cristais. Também coloque algo que represente a fertilidade, como por exemplo uma semente, ou uma taça com água. Esse será o centro do círculo de mulheres.
Com carinho, acenda uma vela branca e espalhe esta chama orante de consciência pacífica feminina na espiral cósmica! Inicie com um tempo de silêncio e conexão com o centro do seu coração. Faça um inspiração profunda, conecte o coração com o ventre, peça a conexão com a espiral de todos os círculos de mulheres do planeta. Todas unidas em coração e mente, em uma só voz orem juntas:




Oração das 13 Luas

Na espiral do tempo de todos os tempos, invoco a força lumínica da Paz em mim.
Do centro sagrado da centelha Divina do meu coração, atuo através do Eu Sou luz de amor e paz.
Que a consciência plena de meu ser manifeste a paz do centro sagrado e único do amor crístico universal.
Que através de min, do meu coração unido ao meu ventre sagrado, eu gere luz de paz e amor.
Evoco o feminino sadio sagrado da manifestação da natureza plena em cada célula de meu ser em todas dimensões manifestadas.
Eu Sou a luz da paz.
Eu Sou a consciência plena em mim.
Eu Sou amor, e toda a fertilidade de meu ser cria e manifesta amor e paz.
Eu Sou a consciência do centro sagrado e único de luz em mim.
Assim, minha presença agora é a presença pura, e a partir da luz da minha presença emano para todas as Mulheres da espiral harmônica manifestada na Terra a luz da consciência do centro.
Para que cada mulher encontre seu centro sagrado amoroso albergador da paz.  Para que possamos, assim, estar conscientes de nossa Jornada como portadoras da fertilidade e perpetuadoras da Humanidade mais pacífica e amorosa.
Em nome da presença sagrada feminina Divina em mim, acolho e dou a luz desta consciência para todas as minha memórias, para todas as memórias herdadas ancestrais e antepassadas, para todas as memórias do inconsciente coletivo, para todas as memórias futuras das mulheres.
A partir do aqui e agora eu sou o centro de luz, paz, amor, consciência da fertilidade e dos frutos divinos de meu ventre.
Sou consciente de minha participação na teia da vida, das minha relações e do meu legado.
Reconheço e assumo os frutos de minha jornada consciente
Estou plenamente alinhada com a luz do amor e da paz em mim.
Para o aqui e agora, e todos os tempos da minha jornada, que os frutos benditos de meu ventre emanem presença de paz, amor e luz.
Eu sou______________________________(dizer seu nome) e entrego esta luz para a espiral divina.

Após a oração, pode-se fazer um momento de conexão feminina com diálogo, escuta e confraternização.

Encerramento:
De mãos dadas emanar a luz do sol de sua presença a partir do coração para a espiral divina, pelo tempo que desejar.


Com a alma alimentada segue o momento de alimentarmos o corpo físico fazendo a partilha de alimentos sagrados ofertados por cada participante em uma ceia!



Eu tenho barriga!


Eu tenho barriga!
Sim, mulher tem barriga!
Sou uma Mulher sadia, já passei da adolescência e estou na fase fértil da vida!

Tenho barriga por que cansei de reprimir minhas emoções, meus instintos mais sagrados guardados no meu ventre.
Soltei minha barriga e dei lugar para a minha Mulher Fértil!
Chega de encolher a barriga, chega de me encolher para a vida, chega de encolher o mais criativo dentro de mim!!!
Meu ventre está pleno, livre e feliz!
Tenho ventre sagrado cheio de sangue e luz de vida!

Já passei pela adolescência e um dia serei anciã, sábia com a certeza de que não desperdicei minha fertilidade, minha felicidade.
Sim! Meu ventre é redondo, eu sou um círculo sagrado!
Deixo a força de ser mulher brotar em mim, escorrer pelas curvas de minhas pernas e ir para a terra vermelha sagrada.
Meu sangue sagrado, puro amor, luz e saúde!!!
Assim sou mulher...
Ana Paula Marafigo
(Kaliantra)
19.5.2014

sábado, 10 de maio de 2014

Maternar


Aos 29 anos recebi no meu coração e ventre o convite à Maternidade. Esse foi, sem duvida alguma, o melhor convite da Vida!

Foram muitos anos de preparo: fiz muitas limpezas espirituais, liberando meu feminino das dores das desistências e perdas antigas; limpezas emocionais, curando minha criança abandonada e ferida - a filha que queriam que eu fosse - permitindo que a criança que eu sou ressurgisse.  E limpezas familiares.... nossa! Estas seguem e seguem acontecendo....

Em Agosto de 2012, lá estava pulsando no meu ventre o coraçãozinho potente da minha filha amada!

            Sempre soube que teria uma menina. Mas, diante da luz da existência habitando meu ventre me senti MÃE, e como mãe comecei a me preparar e me abrir para o presente do divino! E esse presente poderia ser um menino! Um pouco de inquietude veio. Se fosse um menino iria recebê-lo com todo amor assim como a menina, pois nunca tive preferência. Eu somente sabia que viria uma menina por há tempos ela me acompanhar. E o Pai também sempre sentiu que teria uma filha. Nossas intuições casavam, mas também tínhamos a plenitude de receber a quem nos escolhera.

Nossos amigos todos diziam “Nossa! Que energia forte! É um menino!”. Apenas o Professor Paulo colocou a mão na minha barriga e disse: “Que linda! É uma menina!”. E então veio a confirmação de que uma linda menina se formava em meu ventre!

Quando eu estava com 3 meses de gestação fui com meu marido no Sitio do Nenel para uma vivência de Biodança e no meio da jornada, durante uma meditação, minha filha veio e me disse: “mamãe eu sou a Pietra!”. Naquele momento ainda não tínhamos a confirmação do sexo, mas já tínhamos 2 nomes caso fosse menina: Yasmim- que eu sempre quis - e Pietra - o que ela nos falou. Assim que o sexo do bebê foi confirmado, o Papai decidiu: “É a Pietra!”. Mais tarde, num sonho, ela disse: “Pietra, pois sou um cristal lapidado no número Pi!”.

Junto com a gestação eu estava passando por outro processo com minha Mãe. Quando engravidei, minha Mãe fez por uma cirurgia de retirada de um câncer de mama. Ali se iniciava um forte processo de depuração da Alma dela e uma profunda cura no feminino da família.

Os 9 lindos meses de gestação se passaram me dando a oportunidade de sentir a Pietra crescer no meu ventre. Era o milagre da vida se realizando! Ela gostava de mexer para o pai dela, e só pra ele! Nos fortalecemos como casal, e uma mulher selvagem brotava em mim.

Era chegada a nossa hora de dar a Luz! Ao meio dia a bolsa rompeu. Eu estava em casa na melhor companhia do amor e cumplicidade de meu Parceiro Divino. E ali foram 4 horas de dança, risadas, meditações, comilança - pois eu tinha muita fome! A cada contração – “Shuaaaaa!!!”. Um pouco de liquido descia pelas pernas. A água ia abrindo caminho para a Pietra chegar!

Até que decidimos ir ao hospital, pois era sexta-feria e havia bastante transito de Canoas à Porto Alegre. No caminho de ida ao hospital ainda pegamos uma blitz e eu estava com contrações de 5 em 5min!

Chegando no hospital os enfermeiros se espantaram quando eu disse que estava em trabalho de parto! Senti que não sabiam o que fazer comigo! Me trouxeram uma maca e eu disse: “Estou bem! Quero ir caminhando!”. Mas subimos de cadeira para eles ficarem mais tranquilos.

Lá na sala de parto encontrei as fadas do Parto! Nossa Doula Fabi, que foi uma presença iluminada, junto com a Obstetra Ana, com sua preciosa presença sábia.  Segui nosso ritmo: dancei com músicas que havia carinhosamente escolhido para este instante, cantei, me banhei junto com meu Parceiro amado que me acarinhou, me apoiou e pariu junto comigo.

E o momento esperado chegou! Ganhei minha filha como minhas ancestrais, de cócoras. Eu mesma peguei-a e coloquei-a no meu peito! As primeiras palavras que escutou foram “Te  amooo filha...” na voz mais linda e doce do papai e, em seguida na voz da mamãe. Uma alegria imensa surgiu em meu coração, com força e confiança na vida!

Lá fora as avós aguardavam com todo amor. Conheceram ela no colinho do Papai de pés descalços! Seu primeiro soninho foi no colo aconchegante dele.


http://themandalajourney.com/2010/04/17/4-17-10triple-goddess/
Minha Mãe foi a guardiã da placenta e esteve conosco na nossa casa, numa presença divina nos primeiros 10 dias. Estar com ela foi sublime! Uma cura descomunal para nós duas.

Naqueles primeiros meses a Mãe estava no seu melhor momento! Linda, cheia de força e garra, ela vinha nos visitar quase todos os dias. Nos curtimos muito.

Três meses se passaram e o braço operado da Mãe começou a inchar. Ela vinha em minha casa e eu fazia drenagem pra ela. As visitas haviam ganhado mais um motivo, mas simbolizavam também mais tempo juntas e muito carinho. Ali, o câncer já havia aparecido na pele, mas pensava-se que eram queimaduras da radioterapia.  O diagnostico veio muito tempo depois.

Um dia eu e Pietra fomos visitar a vovó e ela estava com muita dor, acamada. Convidei-a para passar uns tempos conosco até melhorar. Ela veio e ficou 40 dias em nossa casa.

Comecei a Maternar minha Mãe. Longas jornadas de cuidados com as feridas que cresciam rapidamente, causando dores, queimação e coceira intermináveis. Ela, com toda calma e paciência, sem queixas, buscava todas as alternativas para a cura. Minha jornada dupla de cuidados se iniciava: minha filha com 4 meses, cheia de vida, e minha Mãe, com 57 anos, numa depuração profunda!

A vida me convidou à Maternidade e essa me levou a viver a profundidade da dedicação ao outro. Morte e vida se encontraram na minha casa. O processo da Mãe foi se agravando. Cada novo dia, quando eu descia as escadas, pensava em como iria encontrá-la. Muitas vezes aparentava já ter partido. Então eu dava um beijinho em sua testa para acorda-la e me certificar de sua presença. Quarenta dias se passaram e, após o resultado de uma tomografia, o hospital pediu para que ela fosse internada com urgência, pois estava com liquido nos pulmões. Fizeram o procedimento e lá ela ficou por 8 dias. Retornou, dessa vez, para sua própria casa.

Começava, então, uma nova jornada. Quando ela voltou do hospital sentiu-se mais disposta, com um pouco de vigor. Comecei a visita-la quase todos os dias. Eu chegava por volta das 10h, fazia almoço pra nos três ( Avó- Filha - Neta), passava agradáveis tardes de muitas conversas, revelações e ensinamentos, e por volta das 17h eu e a Pietra voltávamos para casa. Os meses foram passando, vários tratamentos foram realizados, as dores aumentaram, e a mãe foi ficando cada vez mais debilitada. Nossa assistência era cada dia maior. Meu irmão e irmã iam se revezando comigo, assim como algumas irmãs da Mãe. Em dezembro ela já não podia ficar sem zelo constante.

Por todo este tempo a Pietra, amadinha, foi uma grande companheira: sempre com um sorriso lindo pra Vovó, minha pequena adorava ficar na rede se embalando com ela.

No início de Janeiro eu já estava exausta. Minha filha estava querendo engatinhar, curtir a vida, e minha mãe estava na cama exigindo cuidados permanentes. Eu já não conseguia mais atender as duas com a disponibilidade e carinho plenos: uma ou outra, em certos momentos, ficava com minha ausência! É claro que nesse momento minha filha sempre foi a escolhida em primeiro plano, pois ela dependia de minha atenção e dedicação plenas.

Eu já estava há 6 meses nessa doação dupla quando o cansaço começou a chegar: a vontade de curtir a Pietra neste momento lindo de descobertas, e eu privando seu caminho a um quarto. Entrei em conflito interno! O que vem primeiro: Filha ou Mãe? Eu já não estava mais levando essa situação com harmonia.

Decidi dar um tempo e fui visitar uma grande e sábia Amiga que mora em um sítio. Sua casa fica encima de uma cachoeira!!! Lá, me reconectei com meu coração, ajustei meus espaços internos, desfrutei das bênçãos da maternidade, comunguei com a natureza e nas águas da cachoeira perdoei minha Mãe e libertei minha filha! Uma coruja voou em meus pensamentos levando essa mensagem!

Naquele dia liguei para minha Mãe e disse: “Mãe, nós somos Mulheres Livres!”

Ela estava agora sendo cuidada pela minha irmã. Incansavelmente, assim como eu havia feito, segundo as palavras da Mãe.

Três dias depois, no primeiro de fevereiro, ela foi internada novamente. Retornei e durante toda a viagem vim me recordando de sua beleza.  Rios de lágrimas me acompanharam e cheguei para me despedir dela. Quando a encontrei na emergência, fui recebida com um lindo sorriso e  um abraço carinhoso pleno de amor. Infelizmente, já havia muita perturbação na mente dela e a dificuldade para respirar era imensa. Neste dia ela foi entubada. No dia seguinte fui visitá-la e a vi ao lado de seu corpo. Lágrimas em silêncio correram pelo meu rosto. Acarinhei seu corpo e beijei seus pés. Muitos da família foram ao hospital para vê-la.

Mais um dia de hospital se passou e, para grande surpresa de todos, ela havia se extubado sozinha! Acordou com um sorriso, dando bom dia a todos do plantão da emergência e dizendo que estava bem. Falou para o médico: “Doutor, quando tu sentes no teu coração que precisa fazer algo, tu tens que fazer!”. Ela se referia a fato de ela mesma ter arrancado os tubos. Ela nos contou que estava caminhando num caminho lindo de rochas, viu um corpo com um lençol no chão, não reconheceu e seguiu caminhando. Passou por um jardim lindo, muito florido, e acordou no hospital. Ela estava muito serena quando a vi naquele dia. 

Para minha surpresa. me deparei com uma situação muito nova! Eu estava preparada para a passagem dela, mas não imaginava que ela iria ressuscitar! Um turbilhão de emoções corria pelo meu corpo. O médico que a entubou chamou os filhos dela e explicou que o ocorrido era quase um milagre, e que não se tinha ideia do que viria: se ela se manteria ou se iria saturar novamente. Nesse momento o câncer já havia abraçado todo o tórax e muitos órgãos. O desgaste físico era imenso. Ver o corpo se deteriorar, praticamente se auto-consumindo, era irreconhecível.  Eu, a Pietra e meus dois irmãos estávamos sem palavras na frente do hospital, apenas muito surpresos com a força e a imensa vontade de viver da Mãe, que foi e quis voltar mesmo que para um corpo tão sofrido! Talvez algumas inquietudes da alma precisavam ser sanadas para que a paz chegasse em plenitude ao coração dela. Nesse mesmo momento o médico nos chamou na porta do Hospital e com muito carinho explicou a situação. Ele nos fez uma pergunta: explicou que diante do quadro dela, a orientação da equipe da oncologia era de não tomar medidas de prolongamento de vida, mas que se ocorresse algo, “o que vocês querem que seja feito?”. Nós nos vimos diante de uma decisão muito forte. Todos estavam sofrendo muito, mas a Mãe, mesmo com tudo que estava acontecendo, queria viver com toda a garra que tinha.  Então decidimos que fossem tomadas todas as medidas de prolongamento de vida para que ela tivesse o tempo que ela necessitava. Isso porque quando chega a hora da partida, independente de qualquer coisa que se faça, aquela é a hora e pronto! Somente o coração sabe quando chega esse momento. E nós, seus filhos, não poderíamos ser egoístas ao ponto de diminuir nosso desconforto se ela, que estava naquele estado depurativo profundo, queria, mesmo assim, estar aqui! E por aqui ela ficou mais um mês, totalmente acamada. Suas irmãs a acompanharam nestes momentos finais. Nos últimos meses a Mãe esteve sempre acompanhada. Eu fui visitá-la praticamente todos os dias e para fazer isso eu contei com vários amigos que me deram suporte. Alguns me levavam ao hospital e ficavam com a Pietra no estacionamento para que eu pudesse passar um tempinho com a Mãe.

Então, minha bebe já estava com 8 meses e embora já tivéssemos iniciado a alimentação dela com as comidinhas, o mama é o preferido. Cerca de 90% da alimentação dela é leite materno. Amo amamentar e sou grata pela fartura que alimenta minha filha até hoje. Nunca coloquei horário para as mamadas. Nós duas curtimos muito esse nosso momento e ela mama quando quer e a todo hora. Uma delicia!

Esse foi um período de muitas revelações. Nestes momentos as pessoas se revelaram. Amparo e descaso andaram juntos, carinho e raiva. Houve muitas revelações, vindas de todos os lados. As verdadeiras parcerias aconteceram. Alguns se dedicaram com amor e outros com dor. Houve muitos enrolos e desenrolos e, para mim, o que ficou foi a força da Verdade!

Quando a Mãe retornou da entubação, comecei a meditar no Jardim da Kuan Yin e lá a sua Individualidade apareceu. Linda, ela me falava as orientações a serem passadas à Mãe. Quando eu ia ao hospital nós falávamos sobre este espaço que havia para nos encontrarmos e a Mãe acolhia e realizava com amor cada orientação! Uma destas orientações foi a de colocar asas em seus pés e nutrir de luz essas asas, pois logo ela andaria em outros em caminhos.

Mais ou menos 15 dias antes da sua grande viagem, o Mestre Lanto enviou uma mensagem através do livro dos “7 Chohans”. Nesta mensagem, entre outras afirmações, ele fala da iluminação, da eternidade e de que a receberia em seu Templo no caminho das pedras. Aquele mesmo caminho que ela conheceu quando ficou entubada.

A passagem da Mãe aconteceu numa quarta-feira, dia do Mestre Lanto, no dia de Isis.

Muitos sinais de iluminação estiveram ao redor de sua passagem, mas para mim o mais surpreendente aconteceu ao entregar suas cinzas no mar.

Quando fui buscar a urna com os restos da cremação, por curiosidade li o atestado da cerimônia. Alguns dias depois eu sonhei com a Mãe conversando comigo, mas eu não conseguia escutar o que ela me dizia. Então ela me mostrou várias palavras no certificado da cremação e estas palavras se misturaram transformando-se em três golfinhos que giravam. Entendemos que a entrega de suas cinzas à natureza seria no mar. Então marcamos aleatoriamente um sábado na Praia de Torres, lugar que ela gostava muito! Lá, uma grande amiga dela nos recebeu num dia agradabilíssimo. Ela fez um almoço com tudo que a Mãe gostava. Serviu um almoço para mãe com um lugar para ela na mesa e uma vela amarela, assim como se faz na sua tradição Ortodoxa. Aos 30 dias de morte da pessoa querida eles realizam um almoço em homenagem a ela. E exatamente naquele sábado os 30 dias de morte de minha Mãe se completaram!

Fomos para a praia no momento do pôr-do-sol para entregar suas cinzas no Portal de Pedras da Praia da Cau. Os raios de sol iluminavam as ondas. Meu irmão fez as honras de jogar as cinzas. Aplaudimos, entregamos flores, nos emocionamos e todos começaram a retornar.  Eu e meu companheiro ficamos abraçados olhando mais um pouquinho o mar. Uma canção veio de meu coração e eu cantei pra ela! Para nossa linda surpresa os golfinhos aparecerem no mar! Golfinhos estavam lá recebendo e iluminando este instante sagrado!

 Agora tudo mudou. Sou a ponta do meu triângulo de hereditariedade. Sinto uma profunda força de Luz e Paz que flui em mim, em minha filha, no meu lar. Cada dia amplia a relação de respeito entre mim e a Pietra. Maternar é ver todos os dias ela crescer, despertar, fazer escolhas, descobrir o mundo!

Em muitos instantes reconheço nossos traços nela e ela, com sua doçura, ilumina minhas sombras, me faz ser cada dia uma mulher melhor, mais centrada no meu coração, firmando sempre as decisões no caminho do amor e da harmonia.

Sou grata ao meu Parceiro Divino por me presentear com a oportunidade de estar com minha filha todos os dias e maternar tranquila, com seu apoio e cumplicidade em todos os momentos.

Entendo que cabe a nós construir, gerar e manter nossa célula familiar sadia, amorosa em Paz!

E assim vivemos!



Ana Paula Marafigo
23-4-2013